E, cominclusão do 3D à trama. E só. O que não deixa de ser uma boa novidade. Os roteiristas Patrick Melton, Marcus Dunstan e o diretor Kevin Greutert entenderam bem como se deve usar as câmeras 3D e utilizam bem o aparato, criando ambientes esfumaçados e várias camadas no cenário para dar o sentido de profundidade que é o grande diferencial da tecnologia. E, lógico, também jogam na direção do público pedaços de corpos, sangue e o que mais estiver ao seu alcance. Afinal, parafraseando o poeta Édson Cury, o Bolinha: "é disso que o povo gosta".
A história, caso alguém realmente se interesse por este tipo de "detalhe", segue o que vinha sendo revelado a cada novo capítulo da série. Com a morte de Jigsaw (Tobin Bell), o detetive Hoffman (Costas Mandylor) continuaria sua missão de ensinar uma lição às pessoas. Mas desde o episódio anterior ele está fora de controle e agora está assassinando pessoas que podem ajudar a incriminá-lo. É o caso da ex-esposa do Jigsaw, Jill (Betsy Russel), que corre atrás do policial da corregedoria Matt Gibson (Chad Donella) atrás de proteção e imunidade em troca de informações que levarão Hoffman para trás das grades.
Paralela a essa caçada, Hoffman arma contra Bobby Dagen (Sean Patrick Flanery), um sobrevivente das armadilhas de Jigsaw que está usando sua experiência de superação para lucrar em cima, se tornando um guru da autoajuda, autor de um livro bestseller, queridinho dos talkshows e que em breve lançará um documentário. De uma só vez, Hoffman desarma todo o rentável esquema montado por Dagen, colocando-o em uma corrida contra o relógio que envolve sua assessora de imprensa, a advogada, o empresário e a esposa. É a velha desculpa para apontar afiadas pontas de metais na direção da câmera e ver quem aguentará ficar com os olhos abertos vendo todo o estrago que as armadilhas conseguem inferir ao corpo humano.